AN: Alimentação natural para cães e gatos

Atualmente a disponibilidade de formas de alimentos encontrada é extremamente variada e novos produtos são lançados quase que diariamente, tornando a escolha por produtos quase ilimitada. Há inúmeros fatores que motivam os consumidores a escolher determinados alimentos para seus animais de estimação. As escolhas podem se dar por preço (“rações de combate”, premium, super premium), estágio de vida do animal (manutenção, gestação/lactação, crescimento ou filhote, adulto, sênior), formatos e cores, de acordo com as diferentes bases de ingredientes (naturais, sem glúten ou hipoalergênicos), raça e tamanho do animal (toy, médio, grande, Dálmata, Persa, etc), predisposição do animal à diversas doenças (saúde comum, sênior, doença renal, perda de peso, etc). Além disso, os alimentos estão se tornando mais “humanizados” e seguindo tendências humanas (cru, orgânico, baixo carboidrato, etc).

Entre março e abril de 2007 nos Estados Unidos ocorreu um grande recall de rações da empresa canadense Menu Foods – a maior fabricante de rações da América do Norte – que teve que tirar do mercado 60 milhões de enlatados para animais de estimação. O motivo do recall foi a morte de 16 animais (oficialmente confirmados) por falência renal e hepática. Durante esse período, a FDA (Food and Drug Administration), agência reguladora de alimentos e medicamentos dos EUA recebeu mais de 14.000 reclamações sobre animais domésticos com sinais clínicos de perda de apetite, vômitos e apatia, os principais sintomas de intoxicação. O incidente assumiu grandes proporções depois que foi identificado o agente causador da intoxicação: glúten de trigo importado da China, contaminado com melamina – um composto orgânico produzido a partir da ureia e utilizado na indústria plástica, além de constituir subproduto de vários pesticidas.

Diante desses problemas de segurança alimentar e da preocupação com alimentos de qualidade que atendessem as necessidades nutricionais dos cães e gatos, começaram a surgir no mercado produtos diferenciados, naturais e funcionais. Dessa forma, numerosos novos nichos estão surgindo no mercado pet global: alimentos crus (principalmente a dieta BARF, preconizada pelo pesquisador australiano Ian Billinghurst), alimentos orgânicos, livres de grãos (grain free), refeições caseiras enriquecidas com suplementos, dietas a base de carne e a base de proteínas, entre várias outras.

Acredita-se que os alimentos naturais podem ser constituídos por ingredientes destinados à alimentação humana, buscando uma aproximação da composição dos alimentos que os animais obtinham da natureza. A designação “natural”, abrange os alimentos sem produtos químicos e sem conservantes artificiais.

Diversos estudos já demonstraram que alimentos naturais apresentam parâmetros de digestibilidade de nutrientes e qualidade fecal semelhantes ou até mesmo superiores aos alimentos comerciais industrializados classificados como super premium para cães adultos. Entretanto, é importante que se faça uma avaliação criteriosa destas diversas opções de alimentação, buscando estabelecer suas vantagens e desvantagens sob o ponto de vista nutricional, de segurança alimentar e econômico.

Nos próximos posts vamos falar mais sobre cada uma das diferentes alternativas de alimentação natural para os cães e gatos, fiquem ligados!

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